O material escolar mais barato que existe na praça é o professor. (Jô Soares)

(fonte - Revista do Professor de Matemática, no.36,1998.)É jovem, não tem experiência.É velho, está superado.
Não tem automóvel, é um pobre coitado.
Tem automóvel, chora de “barriga cheia".
Fala em voz alta, vive gritando.
Fala em tom normal, ninguém escuta.
Não falta ao colégio, é um "caxias".
Precisa faltar, é um "turista".
Conversa com os outros professores, está "malhando" os alunos.
Não conversa, é um desligado.
Dá muita matéria, não tem dó do aluno.
Dá pouca matéria, não prepara os alunos.
Brinca com a turma, é metido a engraçado.
Não brinca com a turma, é um chato.
Chama a atenção, é um grosso.
Não chama a atenção, não sabe se impor.
A prova é longa, não dá tempo.
A prova é curta, tira as chances do aluno.
Escreve muito, não explica.
Explica muito, o caderno não tem nada.
Fala corretamente, ninguém entende.
Fala a "língua" do aluno, não tem vocabulário.
Exige, é rude.
Elogia, é debochado.
O aluno é reprovado, é perseguição.
O aluno é aprovado, deu "mole".
É o professor está sempre errado, mas, se conseguiu ler até aqui, agradeça a ele.

Oi Raquel!
ResponderExcluirComo professora estadual da rede pública do RS, sei bem o que esse texto aborda. Mas faz parte do "pacote" de quem escolheu essa profissão. Tratar com seres humanos, como é o caso da nossa profissão, pode ser maravilhoso, mas também tem seus contratempos.
Foi uma grata surpresa descobrir o teu blog, pretendo visitá-lo mais vezes.
Um abraço.
O professor brasileiro é um herói, pois o nosso ensino deixa muito a desejar. Ganham pouco e muitos deles são sacrificados pelo excesso de carga horária. Há exemplos magníficos, em especial no Nordeste, de alguns abnegados que dedicam seu tempo integralmente a preparar crianças carentes para a vida adulta. Li seu excelente texto até o fim, graças,sim, a meus professores.
ResponderExcluirA propósito, o artigo vai para o meu Café da Manhã com Posts.
Araço fraternal