O relato da professora Amanda Gurgel mostra bem a situação da Educação pública, não só no Rio Grande do Norte, mas em todo o Brasil.
É realmente impossível que o professor "salve o Brasil" sem colaboração política e da sociedade. Nossas condições de trabalho são absurdas.
Quanto às teorias pedagógicas elaboradas em gabinetes e discursos políticos (que são iguais em todo o país), a fala da professora Amanda foi perfeita. Não há como filosofar, ter paciência, quando temos de nos desdobrar, correndo de uma escola a outra, se quisermos pagar ao menos as contas básicas ao final do mês...
Assista a audiência pública onde a Professora Amanda Gurgel faz considerações e reivindicações de uma ação imedita por parte da categoria política.
Coletânea e arquivamento de notícias divulgadas na imprensa sobre educação,escolas,professores,concursos, cursos,magistério e educação de forma geral.
23/05/2011
7 comentários:
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Hora extra para professores
Professores que querem fazer hora extra podem se informar aqui. Na rede pública de ensino, para cada estado e cada município há uma nomenc...
fico emocionada ao ver a colega Amanda neste discurso tão sóbrio e infelizmente tão real. E me uno a esse discurso pedindo que os colegas do Rio acordem, não há momento mais oportuno para nos unirmos que este! Façamos coro com Amanda e lutemos por melhores condições de salário e estrutura em nossas escolas!!!! Não há tempo a perder! Paralisação a partir do dia 07/06!!!!
ResponderExcluirIndiscutivelmente a mais triste verdade.
ResponderExcluirO pior é que, com isso, professores, como eu, ainda utilizam seus poucos 700,00 reais para arcar com os custos de acompanhamento psicológico, a fim de diminuir a frustração e a desmotivação, aprender a lidar com a descrença, com a impotência diante das múltiplas realidades que deveríamos mudar.
Estamos falando de qualidade da educação, mas também da saúde desse professor que tem que trabalhar em três escolas até mesmo para pagar um plano de saúde; que fica sem se alimentar adequadamente porque o intervalo entre um colégio e outro não permite parar; que depende do transporte público deficitário e desrespeitoso com a população; que fica nos finais de semana fazendo planejamento, avaliações e correções, porque não tem tempo de fazer isso durante a semana; que, em caso de possuir veículo próprio, tem de arrumar o 4º emprego para bancar a gasolina, atualmente, com valor indecoroso.
Como vive o professor no Brasil dessa maneira?
E depois nossos governantes vêm dizer que as escolas de licenciaturas estão vazias? Não adianta fazer campanha na tevê, abrir mais vagas nas universidades ou até mesmo cotas se o meu aluno do 3º ano do ensino médio me diz, em sala de aula, que "ser professor..., Deus me livre!"
Estive esses dias me perguntando ao assistir a uma série especial sobre educação no Jornal Nacional: por que em muitos casos e nas avaliações nacionais o Sul do país apresenta um índice melhorado de desenvolvimento educacional? Um dos motivos é que o salário lá é bem maior do que nas grandes capitais e metrópoles. Ainda que o cenário não seja muito diferente dos que se percebe em outras escolas, o professor tem condições de se dedicar e estudar, porque consegue manter-se, com menor sacrifício, em uma única escola.
Então, senhores governadores e gestores, não nos venham falar de qualidade na educação sem falar, previamente, de um plano efetivo de ostensiva e constante valorização do ofício docente.
Os cerca de 40 mil professores do governo do estado que estão lotados nas salas de aula poderão, a partir do dia 22 de junho, retirar o Cartão Auxílio Qualificação, concedido pela Secretaria de Educação. Eles deverão ir à agência do banco Itaú onde têm suas contas-salário e apresentar um documento de identidade original com foto. A carga inicial do cartão será de R$ 500.
ResponderExcluirO benefício vai funcionar como um cartão de débito e será aceito em estabelecimentos conveniados à bandeira MasterCard. O professor poderá usar a quantia para pagar cursos, comprar livros, CDs e DVDs ou ir a eventos culturais, como teatro e cinema. Com o cartão, a secretaria vai repassar cerca de R$ 25 milhões ao magistério.
Controle de gastos
A rede de caixas eletrônicos do Itaú poderá ser usada pelos professores para consultar o extrato e os gastos. A Secretaria de Educação também vai receber relatórios periódicos sobre o uso do cartão. O objetivo, segundo a pasta, é corrigir eventuais falhas, evitando, por exemplo, que os R$ 500 sejam usados para outras despesas que não sejam relacionadas à qualificação do professor.
— O retorno desse investimento é um professor mais qualificado. Esperamos que ele use o benefício em favor do aprendizado do aluno — afirmou o secretário de Educação, Wilson Risolia.
Deu no Extra de hoje.
Não sei se rio ou se choro.
Fiquei admirada,emocionada e muito feliz com as palavras da colega Amanda, essa sim teve a coragem de falar tudo aquilo que pensa, em relação a situação vergonhosa que se encontra o salário,e outras situações como um todo nas escolas do nosso Brasil. Parabéns e que nós espelhemos na Amanda e façamos algo para já,pois só reclamar e não colocar a "cara" não adianta.
ResponderExcluirFiquei admirada,emocionada e muito feliz com as palavras da colega Amanda, essa sim teve a coragem de falar tudo aquilo que pensa, em relação a situação vergonhosa que se encontra o salário,e outras situações como um todo nas escolas do nosso Brasil. Parabéns e que nós espelhemos na Amanda e façamos algo para já,pois só reclamar e não colocar a "cara" não adianta.
ResponderExcluirSó pro Brasil inteiro saber: o piso do professor do Estado do Rio, exportado para o mundo como a maravilha nacional, é de R$ 765,00.
ResponderExcluirNão precisamos dizer mais nada, certo!!!
Parabéns professora. Gostei de sua fala, em momento algum falou fora da verdade e nada mais que a verdade. Precisamos de pessoas como você nos chamados "sindicatos". Você é determinada, objetiva, destemida, e falou por todos os profissionais da educação que pensam da mesma forma, mas que a maioria não tem oportunidade, às vezes nem a coragem de se expor numa tribuna. PARABÉNS MESMO, VOCÊ É UMA GUERREIRA!. Me rendo à sua coragem.
ResponderExcluirSebastião Amaral do Nascimento/ professor e sociólogo.