O ano letivo de 2012 começou com:
1º - Escolas fechadas - várias escolas sendo sumariamente fechadas,
2º - Turmas extintas - nas escolas que continuaram abertas, varias turmas regulares foram extintas e substituidas por turmas do Projeto Autonomia, ou seja, um "Telecurso", no qual um único professor, de qualquer disciplina, coloca vìdeos de todas as disciplinas para que o aluno assista as aulas.
Esses dois fatores deixaram um número enorme de professores e demais funcionários da área de educação sem local para trabalhar.
3º - Conexão Educação ineficiente - sistema que trava, cai, não abre, não salva os dados inseridos, etc...
- Sistema Informatizado de alocação dos alunos em turma (que não funcionou). Isso atrazou todo o processo de enturmação dos alunos nos colégios da rede estadual, pois só depois de iniciado o ano letivo e a SEEDUC constatar, depois de várias tentativas, que o sistema não funcionava, foi permitido às escolas fazerem a enturmação internamente, sem o uso do tal Conexão Educação. O resultado disso foi alunos "dispersos" nas escolas, assistindo aulas cada dia em uma turma diferente, sem que a escola pudesse informá-los em que turmas estavam, de fato, alocados, pois esperava essa informação da SEEDUC e a informação não vinha...
- Sistema Informatizado de alocação dos professores no Quadro de Horários (que também não funcionou e está dando problemas até hoje). Os responsáveis pela implantação do QH nas escolas, inserem os dados no QH, que pertence ao sistema informatizado da SEEDUC e ao tentarem "salvar" o que foi inserido, a página, trava, somem todos os dados e o sistema se reinicia, o sistema não abre, e por aí vai...
O resultados dessas medidas da Secretaria de Educação do Estado do Rio de Janeiro foi que nunca se viu na história da Educação Estadual do Rio de Janeiro tamanho caos e desorganização no início de um ano letivo; professores sem saber para onde vão, alunos sem saber para que turma ir e diretores e funcionários do setor administrativo das escolas completamente impotentes diante da atual gestão administrativa da educação no Estado e do "moderníssimo" Conexão Educação.
Em meio a esse "Tsuname" que passa pela SEEDUC, a Coordenadoria Metropolitana VI, estaria convocando uma força tarefa para tentar resolver a situação, ao menos por lá...
Está divulgado no FACEBOOK, em um grupo de professores do Estado o seguinte e-mail:
Querido(a) Gestor(a):
Iremos realizar na proxima 2ª e 3ª feira, dias 16 e 17-04-2012, no horário de 9:00 às 18:00 horas no C.E. Júlia Kubitscheck a "FEIRA DE CARÊNCIA", apelido carinhoso que temos para acabar com todas as carências existentes em nossa Regional.
Convoco todos os Diretores para trabalhar conosco nesta AÇÃO que é suma importância neste momento de vários professores de carga livre e várias carências.
Todos os professores deverão estar no horário de 10:00 às 17:00 horas no lugar marcado para realizar sua(s) nova(s) alocações.
O ATENDIMENTO SERÁ POR ORDEM DE CHEGADA. SERÁ DISTRIBUÍDA SENHAS PARA ATENDIMENTOS.
Para que o trabalho saia de forma muito boa, preciso da presença do professor para tirar qualquer dúvida que o professor tena.
Teremos toda a equipe da SEEDUC trabalhando, também conosco.
Solicito que validem o QHI o mais rápido possível, pois os professores serão alocados nas carências existentes nele que será fechado na 5ª feira, dia 12/04/2012.
Estamos encaminhando, em anexo, nova planilha de carência, que deverá ser entregue aqui na Regional no dia 12/04/2012 até às 17:00 horas. ( Favor observar bem as cores das canetas para que não possa haver erros ).
Todos os professores, com carga livre, de sua Unidade Escolar deverá ser convocado, por V.Sª para estar presente nesta AÇÃO, pois ninguém poderá ficar sem alocação.
CONTAMOS, EU e SEEDUC, com o apoio de todos.
Estamos a disposição para maiores esclarecimentos.
Sérgio Magalhães - Coord. de Gestão de Pessoas.
Há um informe na página do SEPE, avisandoo que eles estarão presentes na "Feira de Carências".
O Sepe vai marcar presença na chamada "Feira de Carência", que a SEEDUC realiza nos dias 16 e 17 de abril, no CE Júlia Kubitscheck, das 9h às 18h, para acompanhar e protestar contra esta medida da Coordenação de Gestão de Pessoas do órgão para tentar resolver o problema da lotação dos profissionais que trabalhavam nas escolas estaduais noturnas fechadas no final do ano passado e no início deste ano letivo. O sindicato estará no local, protestando contra mais este absurdo feito pela Secretaria contra os profissionais.
A secretaria enviou mensagens para as direções das escolas para que elas encaminhem os professores que ficaram sem turmas e não conseguiram relotação para que eles compareçam ao CE Júlia Kubitscheck e, na "feira", encontrem uma nova lotação. Pelo teor da mensagem enviada pelo cordenador de Gestão de Pessoas da SEEDUC, Sérgio Magalhães, se pode confirmar o caráter arbitrário da medida, já que a secretaria, para tentar resolver um problema criado por ela mesma, quer distribuir de qualquer jeito os profissionais com carga livre.
O Sepe reivindica critérios transparentes, como a pontuação no concurso e tempo de carreira, por exemplo, para que o professor escolha o local de trabalho.
Enquanto isso...! Estou aqui, esperando se serei convocada!!!!
ResponderExcluirPacientemente.....................pacientemente.............................indo a minha coordenadoria e acompanhando essas notícias!!!!!
Professora Simone, eu, no seu caso, RECONSIDERARIA se desejas mesmo ser chamada.
ResponderExcluirESTA FOI A AÇÃO MAIS AVILTANTE que já vi fazerem com um funcionário público.
Não, eu não sobrei. Estou alocada tranquilamente em minha escola. Mas penso QUANDO IRÃO fazer isso comigo.Ano que vem? no ano seguinte? Não sei. O que sei é que vi em minha escola professores PAIS DE FAMÍLIA se sentindo humilhados, sem nada dizer, diante desse anúncio.
Como aceitar que, com 20 anos de funcionalismo público, a pessoa tenha que se sujeitar a tamanha aberração?
Como aceitar que, depois de passar por um processo de seleção, o servidor que entrou recentemente tenha que se submeter a esse tipo de situação, onde provavelmente, a pessoa terá seu horário 'quebrado' por 3 ou 4 escolas distantes entre si?
Reflita, professora Simone. Porque acho que sinceramente, mudanças PROFUNDAS devem acontecer por estes dias. NÃO É POSSÍVEL que estas circunstâncias ocorram e não haja AMPARO LEGAL para nos proteger de tamanha agressão.
Abraço.
Fala-se tanto em gestão, planejamento, qualidade da educação e os professores passando por esta humilhação. Lamentável!
ResponderExcluirIsso é um absurdo. Enquanto a própria metro faz "feira de carências", o Governo do Estado, que é quem deveria suprir essas carências, tem em suas mãos uma listagem enormes de professores que ainda não foram convocados de concursos anteriores. Eu sou um desses profissionais.
ResponderExcluirÉ lamentável essa situação!!!
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirEnquanto isso, o Ilmo. Sr. Secretário de Estado de Educação, publica em jornal associado ao Governo do Estado ( O Dia deles) que está trabalhando em prol da educação no Estado do Rio de Janeiro, com um sistema de premiação, arquitetado maliciosamente objetivando uma possível caça às bruxas, que demoverá a cultura maléfica da maioria dos maus elementos (professores) cujos péssimos serviços prestados, apesar dos excelentes salários, condições de trabalho e extremo senso de dignidade dos profissionais. rsrsrsrs!!!
ResponderExcluirAcordem!!! A idéia é achar um culpado, fazer campanha maciça na mídia acerca de trabalhos vazios, valorizando o quantitativo, depreciar os servidores, exaltar a atual administração que executará arduamente a ingrata função de combater os maus (professores). Imensos espetáculos de marketing que não mudam nada, porém, emocionam o público pela suposta bravura e falso senso de justiça. Mascaram resultados, maculam a relação professor e aluno, transformam a escola num circo de horrores.
Quem são essas pessoas? O Que elas querem? Após a sua passagem desastrosa pela educação, sobrarão apenas os corpos feridos e cansados de professores e outros heróis que além de vilipendiados historicamente, agora enfrentam uma guerra depredatória, onde ofertam ao povo, covardemente, a moral e o sangue dos verdadeiros heróis da resistência da educação.
e eu, prestei o concurso de 2008 para trabalhar na Metro IV e me convocaram para São Fidelis, era pegar ou largar,enfim, tive que me submeter a isso para não perder minha matrícula, pois final de fila em um concurso que caduca em Janeiro de 2013 é furada.
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