28/04/2012

USP, Unesp e Unicamp, não oferecerão vagas pelo sistema de cotas.

USP , Unicamp e Unesp não pretendem adotar sistema de  cotas para o ingresso de estudantes aos cursos acadêmicos.

Mesmo o Supremo Tribunal Federal - STF - tendo decidido a favor da legalidade das cotas raciais, a USP não tem pretensão de adotar o sistema de cotas. Em 2009, ao assumir  a reitoria da USP, João Grandino Rodas fez a afirmação de que as cotas deveriam ser  "discutidas" pelo Conselho Universitário, no entanto o assunto só foi tratado superficialmente durante debate para reforma do programa de inclusão de estudantes de escolas públicas na USP.

As universidades estaduais de SP  - Unesp - e de Campinas  - Unicamp -  também divulgaram  que vão oferecer ingresso pelo sistema de cotas. USP. A Unesp e Unicamp defendem que prevaleça o mérito na seleção, no entanto possuem  ações de inclusão - contudo não há reservar de vagas.

A ONG Educafro informou  que ventrará com  ação na Justiça contra as três universidades  solicitando que o sistema seja adotado. O processo deverá ser protocolado até 11 de maio.

"Após a decisão do STF e da orientação expressa dos ministros, vamos entrar com ação de Obrigação de Fazer", informa o presidente da Educafro, frei David dos Santos. "Único programa que provou eficiência na inclusão de negros é a cota. Se a USP provar que incluiu a mesma porcentagem de negros que a UERJ e UnB, eu mudo de opinião", afirmou.

A USP não divulgou o número de negros matriculados. A universidade mantém o Programa de Inclusão Social  - Inclusp - , no qual  estudantes da rede pública de ensino têm um  bônus no vestibular. Em 2012, 28% dos novos alunos chegaram de escolas públicas.

Embora não adote reserva de vagas, a Unicamp é a única das três universidades que oferece benefício específico para negros, pardos e indígenas, que recebem até  7% de bônus na nota, calgo em torno de 2 pontos porcentuais a mais que alunos de escola pública - também beneficiados. "Não existe nenhum indicador novo que nos leve a repensar nosso modelo", afirma o coordenador do vestibular da Unicamp, Mauricio Kleinke. No último vestibular, 8,9% dos ingressantes na Unicamp são oriundos do grupo de negros, pardos e indígenas - índice recorde.

A Unesp também não informou o número de negros  matriculados na instituição. A Unesp foi, dentre as  três,  a que  mais incluiu alunos de escola pública: 41%.

Enquanto eles discutem se  aceitam ou não as  cotas, o melhor que os estudantes podem fazer é, sem dúvida, estudar e se preparar o melhor possível para ingressar no 3º grau.

Fonte de algumas informações constantes nesta publicação: Estadão

E você, é contra ou a favor do sistema de cotas? Você acha que é justo com os demais estudantes? Deixe sua opinião nos comentários.

2 comentários:

  1. Não sou a favor do sistema de cotas. O que se deve fazer é oferecer escola pública de qualidades para todos. O sistema de cotas tira o direito daqueles que tem mérito e passaram no vestibular, tendo muitas vezes a perda da vaga por causa do sistema de cotas. Não adianta sanar as dificuldades no 3 grau e sim procurar sanar a escola oferecida na base.

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  2. Fernando Pinto da Silvadomingo, 29 abril, 2012

    Como professor da rede pública de ensino, na qual trabalho com turmas multirraciais há mais de trinta anos, não defendo o sistema de cotas raciais, mas sim para alunos oriundos das escolas públicas, independentemente da cor da pele. Mas isto também não poderia ser para sempre; só durante o tempo necessário para equalizar a qualidade de ensino nas redes pública e privada.

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